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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O remorso do remorso

Toda a certeza que supomos se foi entre os dedos e agora, partidos no chão, se banham em lágrimas os cacos da nossa boa intenção.
E o meu pobre coração se vê distorcido, desistiu de querer voar, e hoje apenas luta para sobreviver. Nossos olhos passeiam pela paisagem pintada em um quadro enquanto minha boca balbucia sonhos perdidos e impregnados de dor.
Da noite pro dia eu me embebedei de ironia, fiz-me um arbusto de espinhos afiados, saí pela noite ferindo corações alheios, retalhando toda e qualquer esperança que pudesse brilhar diante dos meus olhos.
E cada fração minha hoje se afoga em remorso, em agonia... confesso que pereci aos caprichos da minha vontade, mas me reergui ao amanhecer.
Deixemos os espinhos cairem, poderemos errar sem nos esconder e na noite fria e escura, farei brilhar meu amor para cada perdido que perdeu a validade da capacidade de satisfazer a necessidade alheia.
E ao término de tudo, serei uma verdade que fará todo o resto parecer mentira, pois em cada vida há um coração, em cada cabeça há um universo que precisa de um farol para navegar entre as nuvens brancas e macias do céu azul sobre nós.

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