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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E VIVA!

E viva a vida!
E viva o momento!
E viva a esperança!
E viva o sentimento!
E viva as perdas, pois me deram vitórias, viva o acaso, que rendeu boas memórias!
VIVA!
E viva a dor!
E viva a ânsia!
E viva nas ancas da mulher que ama!
E viva, por aí perdendo tempo, pois o tempo que se perde é o que ganha este jogo!
E viva alegre!
E viva uma tristeza algum dia, mas atenção, tristeza só por um dia!
E viva a melancolia que te inspira!
E viva a força que te tira da depressão!
E viva a volta por cima!
E viva a sorrir, viva a espalhar o dom da alegria, viva durante o dia, durante a tarde e a noite, mas VIVA!
E viva me vendo esperar o dia em que nossas vidas serão vividas como uma só, onde nossas mãos entrelaçadas irão erradiar vida e compartilhar alegria, pois meu amor, a vida só tem graça de ser vivida se for na tua companhia.

domingo, 22 de novembro de 2009

Dedicado

Música mágica que estende meus sonhos no varal e me põe pra dormir ao relento, deitado sobre lembranças e expectativas.
Sou um elo que une o passado ao futuro, isso faz de mim o presente? Ou apenas uma falta? O refrão repetia com clareza a dor de quem foi traído e eu, bobo que sou, cantava entusiasmado me sentindo dentro daquela música e, ao passo que minha vontade de chorar aumentava, eu ria e gargalhava, me sentia rídiculo, um ator em um mónologo chato, parado no meio do palco num espétaculo para uma pláteia de mentira, eis então que minha mente se abriu e do nada surgiu a luz da tua vida, a dádiva divina que me fez pular como um saltimbanco, um pierrot apaixonado, de repente um estômago lotado de borboletas e um palhaço tão leve que flutuava no ar, feliz pelo carnaval que veio na hora certa e aboliu a tristeza desenfreada do meu coração.
Paixão é o alimento da minha força, ela complementa minha fé e me faz acreditar que existe sim algo a mais entre o céu e a terra, fortalecendo assim, a minha alma.
Beije-me minha garota, se encontre em meus braços diga que este é um pedaço do quebra cabeça da felicidade, diga em tom baixo o quanto sente saudade e o quanto me ama e dê-me a sua mão ao fim de tudo, pois o mundo é pequeno para nossos pares de asas, o nunca nunca há de nos atrapalhar, pois nosso amor é, e sempre será, este combustível que transforma lágrimas em sorriso.
A ti sou dedicado, por ti juro que as geleiras hão de cair, por ti luto e venço, por ti, apenas por ti.
:)

Desabafo da meia idade da idade de 20

Esta é uma dança de despedida, a última dança do dia, do mês, do ano, do século, da história, da nossa história e, ainda que insista, não a dançarei mais uma vez. Eu sempre quis saber que gosto tem a liberdade verdadeira, sempre quis saber como é ouvir um segredo e também como seria a sensação de tornar santos em pecadores.
Meus olhos de águia não foram capazes de ver, nem minha pele, em tons de neve pura, capaz de sentir. Sou isso que vês e um pouco menos do que esperas pra si, ciúmes que escorrem pelo meu rosto, navegando nas lágrimas de um idiota que brilha apenas no espelho, sou a empolgação de um beijo trocado de forma atrapalhada pelo nervoso das nossas mentes complicadas e sonhadoras, sou esse eterno "fora de controle", sou um nunca que sempre está atrasado, ou, adiantado demais, ouço sempre o ponteiro reclamar entre um "tic" e outro "tac" da minha incostância, mas nada que nos torne inimigos, pois dentro do silêncio que a solidão faz de canção, ele encontra seu espaço pra ter um companheiro, e eu idem.
Meus sonos não são mais visitados por sonhos, pois sonho demais de olhos abertos e, se por uma vez você pudesse encontrar isso por trás dos meus olhos, entenderia que eu sou alguém que está acima dos seus tabus e crenças, eu nunca perdi minha fé, mas ela se perdeu de mim, só pelo fato de eu ter me afogado em pecados durante minha longa caminhada solitária, apenas o tempo é testemunha da minha dor, apenas ele aplaude meu heroismo enquanto eu suporto dores lancinantes pela manhã, tarde e noite, isso tudo me mata de uma forma cruel, pois continuo em pé com um par de olhos castanhos brilhando no meio da multidão, sou fadado a carregar este fardo, o fardo de uma beleza que eu nunca escolhi ter, não pedi olhos que disfarçassem minhas neuras, queria apenas olhos que pudessem traduzir meus sentimentos, quem sabe assim talvez, você se apaixonaria por mim e diria as coisas que eu preciso ouvir, afinal, até mesmo nós, tolos que brilham no escuro, precisam de juras platônicas de amor.
Eu nunca...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Outono

São dias que se encerram com uma salva de palmas da platéia, eu nunca deixei isso ir, mas hoje eu abro os braços e sinto as asas brotarem ansiosas para ganharem um céu e, aos poucos, vou perdendo essa tristeza carente de amor.
Sua fúria é tão rídicula quando contornada pelo azul do céu, esse cinza no teu olhar não entra em contraste com o dourado do por do sol, feche os olhos e respire, dê-me a mão e vamos juntos achar o sentimento que quer achar a gente.
Eu sou um dançarino sambando na gafieira esperando por você, sou malandro, sou boêmio, sou sereno, madrugada e manhã, abrace-me no fim e no começo do dia, o outono está aqui, entre meus braços e meus suspiros desajeitados que insitem em sair por ti.