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quinta-feira, 28 de março de 2013

Crônica de um amante crônico

A escuridão das quatro da manhã sempre se mostra mais densa, talvez este seja o último suspiro da noite antes de perecer por mais doze horas aos raios da manhã.
A minha perspectiva no momento fita aquele urso que você me deu de presente, pobre urso soterrado sobre a poeira do amor esquecido, do amor ocupado, somos apenas amigos, ou continuamos namorados?
Meu amor, que os panteões de deuses e deusas sejam as testemunhas deste amor inigualável, que fique aqui registrado a revelação do mistério que intrigava Shakespeare ao pensar sobre o que há entre o céu e a terra? O que há neste espaço hoje, é meu amor inabalável, intangível, incorruptível, inimaginável.
Um bem que faz mal. Uma música que machuca é uma música tão querida por que? Sinto como se te devesse minha vida, me salvastes do monstro repugnante que é a solidão, beijaste-me quando esta boca não cessava o papo e hoje, quando lembro do quadro que nos inspirou o primeiro beijo, sinto como se estivesse vivendo no desespero até ali, correndo atrás de um mundo que não era meu, enquanto meu mundo corria atrás de mim apaixonado e, assim como eu, desesperado.
Vencemos nossos demônios e hoje somos livres, somos eu e você lutando contra os dias tristes. Quanta felicidade não? E durante a escuridão da madrugada, acho na música uma palavra, uma frase... uma máxima que traduz de forma bem direta o sabor do meu espírito ao pensar em você, apreciando a alvorada e realmente "não me lembrando de como eu era antes de você".

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