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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A luz dos teus olhos

Eu caminho quilômetros dentro deste quarto, procurando aquele abraço novamente, dando passos e mais passos, buscando decidir se rio ou se choro, procurando pela luz dos teus olhos novamente.
Daqui deste lugar eu ouço o relógio tocar sua melodia sarcástica que acompanha as canções de saudade do meu coração, me fazendo confessar que sinto tua falta todos os dias, a cada movimento dos ponteiros, a cada badalada das horas, em cada intervalo entre um suspiro e outro, causando minhas lágrimas a cada crepúsculo que se vai após esses dias chuvosos, que aliás, vão marcando no calendário e no telhado da casa os dias sem tua existência dentro dos limites do meu abraço.
Eu sinceramente não sei o quão forte sou, mas sei que não sou forte o suficiente pra calar e aceitar tua falta, então deixa o mundo saber que a cada aurora eu corro pra varanda e espero o sol te trazer pra mim, sempre de braços abertos eu fico aguardando a tua visita, ou quem sabe, qualquer saída que me leve até onde nossas mãos se encaixem novamente, onde nossas bocas se toquem embaixo daquele horizonte cor de rosa e dourado, especialmente pintado para nós dois.
Queria até ter um pedido à ser realizado, desejaria brincar de existir sempre ao teu lado, de forma concreta e também abstrata, queria poder ser onipotente na sua estrada, te protegendo e te salvando de qualquer perigo. Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu brindar ao nosso sonho, respirar cada momento vivido ao teu lado, segurar cada pedaço da nossa felicidade enquanto tento advinhar onde você está, me deixa correr e cantar na chuva de mãos dadas com a tua memória, desejando mais uma vez o calor do teu rosto junto ao meu, quem sabe assim eu não termine o dia sorrindo e isento de qualquer saudade.

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