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sábado, 4 de setembro de 2010

Vadio

Um vadio que passa na multidão, pedindo esmolas e comendo migalhas de pão.
Um vadio que chora sem censura, que bebe buscando a cura para suas dores.
É um vadio arredio, que ri de tudo e chora sozinho, orgulho e humildade abraçados atrás do rosto sujo de um vadio.
A ele xingam, a ele pisam, mas aquele vadio nunca revida, aquele vadio acredita em coisas lindas, respira coisas lindas e fala coisas lindas.
Um vadio na sarjeta do mundo com as mãos estendidas, um vadio que já foi gente, mas que desistiu de ser indecente ao perder o coração numa aposta onde só dois apostam.
Um vadio, vagando sob a chuva, procurando maçãs, um vadio calado que acorda com o perfume das manhãs.
Ele é só um vadio.

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