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terça-feira, 21 de junho de 2011

Victim

Victim, saí por aí com a garrafa na mão vestindo um par de sapatos na moda, meu crucifixo de prata reflete a luz da luxúria que queima vermelha pelas ruas do centro da cidade.
É, sou um victim do pecatto, homem mal amado, rasgado pelos velhos soluços que ecoam no vácuo do meu quarto, um victim da maldade alheia, das boas intenções que me levaram ao inferno do "ser abandonado".
Sim, sou um victim bêbado, gritando "do you listen to me?", inventando riffs de guitarra desafinados, jogado em qualquer calçada, esperando, esperado, orando, suplicando pela atenção alheia e mais uns goles de cervejas.
Sim, sou eu, pierrot victim, meio assim sem sim, talhado no não, o reflexo do desgosto do desgaste de uma vida sobrevivida às custas de resquícios de paixão.
Sou eu, victim sem fim, levado ao vento, esboçado sobre o branco da razão, borrado com a tinta vermelha extraída do coração.

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