Powered By Blogger

sábado, 21 de agosto de 2010

A valsa da noite

Sozinho e no escuro, encatado pela valsa da noite que toca em cada corpo dançando, e em cada beijo estalando nas pistas de dança.
Meu corpo suado se põe ao léu, buscando no céu a luz das estrelas, que hoje parecem ter escondido suas belezas, mas tudo bem! Enquanto houver amor neste coração arredio, haverá luz em meus olhos.
Sei que estás aí, talvez não esteja no mesmo escuro que eu, quem sabe esteja na cama, suspirando de saudade, mas a verdade é que não estou tão longe, pois ainda consigo te ouvir, ainda posso sentir, com certa intensidade, o calor que brota da tua tez, então por que razão não seguimos rumo à escuridão? Tememos tanto assim o desconhecido a ponto de arriscarmos nossos abraços e beijos? Ou será que os pecados soam mais alto que os gritos de nosso desejo?
Vai saber. O que importa é que por alguma razão, alguma estranha razão! Meu corpo se encontra sobre repouso, flutuando no marasmo de mim mesmo, perguntando se isso está certo, mas sem se preocupar se existe alguma resposta que me sacie a sede de argumentos da minha razão.
Enfim, que seja feita a vossa vontade, esperaremos que em algum momento, com a mais sacra sinceridade, a mão divina guie nossos corpos rumo aos espelhos que um dia refletiu nossos semblantes sorridentes que juntos, formavam o esboço da felicidade. Até lá, danço mais uma vez, preenchido de saudade, a valsa da noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário