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terça-feira, 20 de julho de 2010

Daiquiris, mojitos e um estúpido amigo

Foi lá pelo sexto ou sétimo daiquiri que meu corpo se deu conta de que meu fígado, tal qual meu coração, também tem sentimentos.
Um outro bêbado perdido entre mojitos, ensopado de vinho e definhando mais uma vez numa sarjeta aleatória das ruas de Santiago em Cuba.
A solidão nunca esteve tão sozinha quanto hoje, as maravilhas das virgens não são assim tão maravilhosas, uma face santa com mãos de demônio, essa é a última lembrança que ele tem do terrível impacto que sofrera um pouco antes de perder sua dignidade e sua hombridade.
Um passado de glórias enterrado sobre uma montanha de mentiras e desonras, um céu nublado e uma frieza única, o sentimento interno nunca antes fora tão aprisionado quanto atualmente, que dó de ver meu reflexo no espelho.
Resmunguei em Taíno, na esperança de que ninguém me ouvisse, mas as insolentes estrelas ouviram e reclamaram, faço-me então o inimigo de todos os malditos céus estrelados que servem de inspiração para nojentos enamorados, decepção não mata, é verdade! Ela ensina a beber.
Me afasto da lua vendo o sua melhor face, deixando com ela a lembrança do meu pior lado, é hora de por a maldita mão do coração dentro do bolso e, com a mão direita, seguir andando afogando todas as más lembranças que me dirigem à insanidade no Rum dos piratas.
Esqueça toda aquela besteira sobre amor, esqueça todos os poemas lindos, eu quero viver para sempre e sempre com meu violão espanhol e minha regozijação nos bares da vida.

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog, vou acompanhá-lo. o meu coitado, anda tão abandonado, pq sou uma preguiçosa-cibernetica-confesso!
    Abração

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