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terça-feira, 13 de julho de 2010

As paredes de papel (Estória de cinzas e glória)

Um céu iluminado e uma mão suja de terra, um par de olhos perdidos no reflexo da luz das estrelas e um rosto aquecido pelo calor de um abraço, no ar predomina o aroma leve e marcante das margaridas daquele campo.
A música entra pelos ouvidos e percorre as artérias, nesse momento eu não estou dirigindo a viagem, apenas estou sentado no banco do carona, apreciando a paisagem passar.
Você consegue sentir o tempo passando por nós? Consegue sentir o coração acelerar? Um garoto desastrado e uma garota magoada, apenas uma coisa em comum entre os dois: um coração despedaçado.
Um abraço no meio do nada e tudo começa a nascer novamente na alma, percorrendo um caminho que aquece a pele e faz tremer as pernas, um beijo sem sentido, porém, apaixonado, um ritmo incomparável, temos então o circo dos prazeres montados sobre o chão da desilusão.
Sem pensar em cicatrizes ou riscos, eles se movem sobre a grama e tem como testemunha a luz da lua e as estrelas, ornamentos divinos e notas musicais particulares que tocam na vitrola mental de ambos, como dizer não se o corpo e o coração gritam em alto e bom tom um sonoro SIM?
Então todos os dois se veem rodeados de paredes de papel novamente, quebrando o silêncio da noite com o barulho de seus corações eufóricos e os seus pés irrequietos, sejamos justos, amar é sempre uma novidade, não importa quantas vezes se ame.

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