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domingo, 11 de julho de 2010

Tempestade


Caia sobre este chão imundo e inundado de culpa, firmado para sustentar nossos pés que insistem em andar pra frente cambaleando com a nossa relação estúpida e fingida.
Reclame toda a miséria que te falta e cuspa no prato que comeu, o pobre Romeu que tanto te fez sorrir na cama está virando de costas debaixo das gotas de chuvas e indo embora, chega desse ar impregnado de pecados, essa noite eu estenderei meu rosário sobre a lingerie da primeira garota não tão bonita que cruzar meu campo de visão.
A mágoa é abastada quando o assunto é dor, então não reclame dos seus segredos tão escondidos que vieram à tona por si próprios. Me diga, a solidão é o que você sempre temia quando se está acompanhada de copos vazios pra te preencher de vento?
Tantos corpos que bolaram sobre, e dentro de você, qual deles chegou perto de ser como eu? É hilário e patético assistir suas lágrimas rolando pela sua cara de dor quando na verdade tudo que restou foi a saudade de me ter ao teu lado novamente, implore pra ser o que jamais será novamente, o seu heroi hoje irá voar em outro céu, pois toda a composição de minhas promessas foi jogada ao vento.
Você diz que se sente injustiçada, mas hoje você é só mais uma prostituta vestindo os trajes de uma virgem católica radical.
Em meu universo jamais entrarás novamentes, não há mais espaço neste éden que existe em meu peito, pois o meio termo acabou, sendo assim, hoje fecham-se para sempre os braços que juraram te proteger nas noites mais frias e contras os medos mais ferozes que pudessem te assolar.
Portanto, estenda-se sobre o chão e colha as lágrimas que você mesma plantou, sinta meu cheiro e ouça minha voz, mas não tente buscar meus dedos ao teu lado na cama, pois eu cuidei para não deixar nem mesmo as marcas sobre os lençóis, faça bom proveito dos seus amantes enquanto a tempestade cai, brinque com seus brinquedos enquanto o amor sério se vai com os ventos da dignidade que me levaram daqui.

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