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terça-feira, 20 de julho de 2010

Rezando por amor e pagando com ingenuidade

Uma noite, um disparo, um coração quebrado, uma dor amarga, capítulos de uma história clichê, porém, acredite, com um final feliz (para ele).
Olhos marejados que fitam o céu, mãos trêmulas que se erguem juntas ao céu, apenas mais um pobre coitado que reza por amor e paga com ingenuidade.
Que maravilha, o terror estampado na face de mais um homem sem esperança, o próximo passo é expor suas intimidades na esperança de que o sabor da vingança sobreponha a sua dor, o resto todos nós sabemos, saias rasgadas, costas arranhadas e corpos ofegantes e suados, deitados sobre rosas murchas, pisadas pelo descontrole e insanidade de um coração que já provou o gosto do amor.
Um violino tocando, gotas de chuva atravessam o céu e misturam-se às lágrimas do pierrot maltratado, seus pecados estão se tornando cada vez mais caros, a ponto de fazer qualquer católico praticante se benzer ao cruzar olhares com esse pedaço de desilusão carnificado.
Sim! Um baile vertiginoso, está lá apenas a negócios, nos quartos orgias épicas, mas tão horríveis que nem mesmo eu - narrador que testemunhou essa dor - ouso descrever, os tambores rufam e as luzes piscam, o ambiente imundo, perfeito para mal amados dançarem sobre suas mágoas e esquecerem o passado, a música melancólica, porém entorpecente, verdadeiro antro de perdição, ou nesses casos, de ascenção, um drinque de limão e uma dança encantada, encontrou um novo par, alguém que o entende, que sente medo, mas não terá medo de quebrar seu coração neste lugar encantado para os desolados.

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