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terça-feira, 6 de abril de 2010

Festa de um estranho

Beba o último adeus no copo de meu deus, falta um quarto para as 4 da manhã e nesse quarto pequeno e escuro o tempo não passa, vaga e repousa sobre a cama como um bebê cansado.
Desde quando os sentidos não são tão obrigatórios quanto a satisfação da tua vida na minha? Eu queria crer no velho ditado que diz que o que os olhos não veem o coração não sente, mas algo está além da compreensão humana aqui, talvez porque essa coisa não faça parte dos designios da razão e sim, do coração.
Eu posso usar a regra de ouro pra não me apaixonar, posso continuar chorando e vendo além do que os olhos podem ver, mas sempre terminarei aqui, cara a cara com você, reconhecendo na tua face as mesmas vontades que eu tento esconder.
Não há porque mentir que não queremos um beijo que seja, esse ardente desejo não deriva da pele, mas da calmaria e, simultaneamente, do rebuliço que nós provocamos um no outro, não há mais do que duvidar, não há mais porque se lamentar, nosso amor passou por mais uma prova díficil, mas está aqui, intacto. Feridas? Sim, claro! Estas sobraram, mas estão aqui pra lembrar que até as pessoas mais bondosas são capazes de ferir.
Vem, segura minha mão mais uma vez e vamos dançar a valsa, dessa vez não quero te ver sozinha numa sala, mas sim agarrada ao meu corpo e embalando ao sabor do vento, deixa as águas desse rio da vida passarem, nós só precisamos mesmo é de coragem e força de vontade e isso meu amor, eu tenho por dois.

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