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sábado, 10 de abril de 2010

O rei da dor

E se tudo no mundo tiver uma beleza peculiar? E se todo mundo for cego demais pra enxergar?
E se só eu consigo flutuar acima das coisas efêmeras?
Talvez eu só consiga lembrar de tudo ao me esquecer do que não houve. Crescendo para desistir, caindo para surpreender, o que é isso? Algum drama contorcido da vida real? Ou será minha existência estúpida que foi condenada a se perder em meio às cartas espalhadas pela casa?
Sou o achado mais perdido de todos, um par de olhos embolados em meio às camadas de emoções frias que revestem minha alma.
Quando eu me tornei essa máquina? Quando entrei nessa jornada sem esperança? Sinto isso vindo do fundo, rasgando e estraçalhando qualquer vestígio de mim mesmo.
Segure meu punho fechado, abrace meu corpo cansado, minha mente já não aguenta pensar por todos, minhas forças já não se garantem lutar por todos.
Existe logo acima da minha cabeça, uma mancha preta no sol, tem sido a mesma coisa desde quando essa chuva toda começou, será esse meu destino ser o rei da dor?

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