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segunda-feira, 29 de março de 2010

Triste boemia de um malandro

Está ficando tarde e a música continua a tocar.
Andei um pouco, apaguei o cigarro, desisti de fumar.
Olhei pra cima e estava lá! Brilhando linda e nua - a lua à beira mar.

Dançando empolgado e só, bochecha com bochecha com a solidão.
Coração na mão, mas um sorriso estampado.
Meu terno vagabundo rasgado, minhas mãos macias segurando dados.

Cantei sem ligar pra tons, timbres e letras
Cantei por cantar, quero que esta noite passe devagar.
Vem! Vou te ensinar a viver a vida de forma divertida.

O sexo é bom, mas o que eu quero hoje é só o silêncio da sala
Beber mais um pouco do que restou da garrafa de vinho.
E sentar na sarjeta, quero ficar só mais um pouco sozinho.

Balanço a cabeça e peço pra música não parar
Minha cabeça é como uma discoteca, uma balada eterna.
Mas ainda assim, estou aqui a te desejar.

Me beija de novo, crava tuas unhas na minha costa
Arranca minhas mágoas e minhas frustrações
Me faz querer ser que nem você e quebrar todos esses corações.

Hoje quero me abster de razões e ser só eu e o mundo
Quero que me chame de vagabundo e me leve no olhar
Estás convidada a me acompanhar na triste boemia de um malandro.

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