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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Castanho

Eram dois fárois que brilhavam até mesmo de dia, aqueles dois olhos errantes, sem rumo, inconstantes, os mesmos olhos que me prendiam à seu destino.
No caminho de fogo eles abriam uma saida, eu nunca senti tanta vida como sinto ao fitá-los, mas era um par de olhos tristes, eram sedutores, mas nunca deixavam sua tristeza de lado.
Aquele par de olhos castanhos são iguais a dois oceanos, extensos, profundos, imprevisiveis, navegá-los é uma aventura, mas ainda assim, navegarei com astúcia, a mesma astúcia que tive de chegar aqui e homenagear teus olhos tristes, mas que ofuscam toda e qualquer beleza, pois este teu castanho é o que torna meu desmazelo estúpido o raio de vida que corta os céus e me remete à beleza da tua existência.

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