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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Redento ao charme de Eros

Em um lugar qualquer com ares búcolicos eu te encontrei, relaxada em meus braços, no ritmo dos meus passos você andava, totalmente despreocupada com o que o mundo irá pensar, falar ou rotular.
Durante aquela noite, a história não era sobre você, ou, sobre mim, tratava-se de duas almas em um amor só, consoante os planos do destino.
A luz da lua abençoava os teus lábios e o teu corpo, que em meio a tanto frio, investia-se contra o meu, encaixado em meu peito, envolto em meus braços, então tua boca era minha e minha boca era tua, aquele seu batom vermelho-sangue que contrastava com o verde dos teus olhos e enaltecia a tua pele branca e serena, dava-lhe um ar de vampira, ou uma feiticeira dessas que te deixam do avesso com o maior dos feitiços, o feitiço de eros, aquele que te esconde atrás do meu sorriso e te faz rainha do meu olhar.
Meu semblante calmo se perde em meio aos nós que o vento dá entre a gente, são arrepios, calafrios e muito calor espantando o frio, suas mãos em meu peito dão a impressão que eu sou o cavaleiro que defende a donzela, esse teu coração astuto, que bate forte sem medo de ser percebido, me faz sentir que sou dono do mundo, então meio que mudo, dou-lhe o domínio do mundo na palma da minha mão.
Uma voz tão limpa que ecoava em meu interior como uma melodia, assim me sinto forte e, a cada vez que te aperto mais em meu abraço, mais forte fico.
Não é uma fantasia, são milhas de distâncias que não fazem diferença, são unidades de tempo que não tem importância, pois a cada suspiro e a cada aperto no travesseiro ou nos lençois dessa cama que ainda não deitei, são sentidos aqui, onde o caos repousa e a dor ecoa, mas isso por hora, pois, com a chegada da aurora virá teu sorriso, trazendo-me a paz e a liberdade, então seja minha, só por hoje, seja a minha vampira, feiticeira, amiga, esposa, garota, minha sina, minha redenção, meus grilhões de saudade, minha chave de liberdade, só por hoje tenha em si, este grande pedaço de mim, então ao fim de tudo, apenas sorria, teu silêncio sempre fala mais do que minhas palavras e teu sorriso sempre se torna o ponto final das minhas cartas.

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